segunda-feira, 18 de julho de 2011

Entre a escolha e o inusitado











Não me queira mal
que muito amor
é sempre um pouco ódio
não me queira mal
que medo da presença
é quase audácia da falta

Não me queira mal
que silêncio
às vezes é relutante súplica
não me queira mal
que agressão em palavras
é somente pedido de perdão

Não me queira mal
que declaração de ausência
é doce prenúncio de saudade
não me queira mal
que indiferença
jamais afasta o pensamento

Não me queira mal
que a distância do corpo
nunca apaga o calor do abraço
não me queira mal
que a aparente perda
é talvez o engano da ilusão

Não me queira mal
que emoção não se comanda
como não se escolhe um sentir
não me queira mal
que o tempo de amar
pulsa entre a escolha e o inusitado.



Imagem em dignow

Twitter: https://twitter.com/#!/SilviaMello23

DEUS É FIEL


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