domingo, 5 de junho de 2011

De Tantas que não Sou














Por que alimento
tantas
que não sou
e tateio
poucas
que almejei
por que permito
outras
que nem sei
e me calo
em bocas
que não li

Por que me tranco
em castelos
que não conheci
e me aqueço
em abraços
que não conquistei
por que me entrego
em promessas
que nunca jurei
e me abro
em janelas
que não avistei

Por que me leio
em histórias
que jamais narrei
e me encarno
em personagens
que não escolhi
por que absolvo
culpas
que não condenei
e me aconchego
em carinhos
que nunca pedi

Por que me vejo
em mundos
que jamais cheguei
e vivo loucuras
que nunca contei
por que me mato
de males
que nunca sofri
e me encontro
em vidas
que não procurei?


Imagem: Google


DEUS É FIEL

Nenhum comentário:

Postar um comentário