quinta-feira, 15 de setembro de 2011

De saudade em barco de papel





















Abandonei
saudade
em barco de papel
qual pequeno Davi

Esperei
que a saudade fosse salva
correntezas de dor
em braços de mãe d’água

Enganei-me...
que distância
a saudade não apaga
só cativa a lembrança

Tentei
tocar com pés
o frio riso da distração
olhos se abriram na memória

Procurei
fuga em abismo
(acaso saudade à morte resiste?!)
mas onde quebra a onda, canta a sereia

Encantei
saudade em palavras ocas
de versos na fuga da emoção
nasceram poemas sem alma

Entreguei
saudade adormecida
na melodia do tempo 

ouvi a cantiga do amor.


Imagem em anorkinda

Twitter: http://twitter.com/#!/SilviaMello23


DEUS É FIEL

2 comentários:

  1. Olá Silvia!
    Poema lindo, retrata toda saudade que sinto do meu amor.
    Parabéns!! Marli

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Que bom que meu poema pode tocar almas... Que seja feliz seu amor, Lili! bjss Sempre bem-vinda!

      Excluir