terça-feira, 27 de setembro de 2011

O que sangra a alma queima na pele





















O que fere
não é aparência
num tronco de vida
cindido
frágil transparência

O que sangra
é sutil
vôo de gaivota
tilintar pingentes
no lustre da sala
urgente olhar
ao cruzar a rua

O que marca
separa as águas
é breve instante
sem lamento
sem juízo
sem razão
do jeito que a vida é

O que fica
somos sós
espectro de nós
depois de tudo
basta pouco
nada
permanece

O que teima
queima na pele
calada
memória triturada
perdida na falta
de outro corpo
longe
infame
desejado.


Imagem em palavraspelocaminho

Twitter: http://twitter.com/#!/SilviaMello23


DEUS É FIEL

2 comentários:

  1. olá passando para seguir..espero sua visita ser´a um alegria!

    Shalom

    http://nairmorbeck.blogspot.com/

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