segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

PASSAGENS















Só me permito
naufrágios
na cristalina
espuma
de águas
translúcidas
eu me lanço
incansável
num barco à vela
entregue
à traiçoeira
corrente
da maré cheia

Desafio tempestades
o brilho afogueado
dos raios
é minha luz
dispenso
o suave clarear
de um farol ao longe
trovões
são melódicos sons
vindos
de um profundo
desprezado
silêncio

Eu me proíbo
temores
ancorada
num mar revolto
mergulho
em neblinas
com olhos
da alma
dispenso
bússolas
meu norte
é interior

Não alimento
presságios
num velejar
inconstante
ventanias
me seduzem
é doce
o encontro
do barco
na violência das ondas
não me conduz
a fraqueza
de um leve balanço
da maresia.

Imagem: Google

http://twitter.com/SilviaMello23#

DEUS É FIEL

2 comentários:

  1. Olá Sílvia, convite aceite e por cá ando,desafiando, não tempestades como dizes no teu poema, mas sim a serenidade que a maresia sempre me transmite. Gostei, não só destas passagens, mas de toda a minha primeira passagem pelo teu blog. Parabéns. Beijinho

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  2. Obrigada, Francis! Bom tê-lo por aqui! Fique. Bjss

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