Sempre
que anoitece
o céu parece borbulhar
explosão de matizes
cultivados
em universos carmim
Quando o choro
do entardecer
rompe a noite
quero
a liberdade
de cavalos selvagens
Em lenços
ao vento
como acenos
Depois de sair
às ruas nas luzes
ver homens
com bebês ao colo
e sapatos coloridos
nas vitrines
Posso dividir
porções encantadas
do dia
sons transparentes
como tilintar
de taças
Mastigar
ausências
com a consistência
de cerejas maduras
encarar
caras vaidades
Entreter
rumores
idéias entorpecidas
abrigar encantos
nos cantos
das calçadas
E já noite
singrar ruas
qual heroína
rompendo fogo
em manchetes
de incêndio
Debulhar danças
em cantigas
sob a Lua
num balanço
de quase-vida
em cena
Afagar brisa
noturna
trilhar passos
de comédia
como quem adormece
em tardes iguais
E desperta
manhãs
de outra vida
Em sonhos
espelhar sorrisos
de passagem
descobrir metades
perdidas
em busca de nós.
Imagem: Flikbr
Twitter: https://twitter.com/#!/SilviaMello23
DEUS É FIEL
Essa é a liberdade que queria ter. De poder sair me perder nos meus prazeres enlouquecidos e acampar em paz.
ResponderExcluirEspero que consiga, Luiza. Seja sempre bem-vinda ao blog. Bjs
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