quinta-feira, 10 de março de 2011

REFÚGIO


Ao chão
espalhadas
barreiras da alma
recortados
retalhos
de medo
na casa do ser
em aconchego
se abandonava

Na leveza
o peso
da palavra
bem pensada
quase impronunciada

Ausente
o peso
da leveza fútil
jamais ben-dita
no oco
da palavra
não dita

Refúgio
na arte do prazer
de sugar
das entranhas
prazer em ser

Testemunhar música
com olhos
além do barulho
Ouvir nuances
multicores
detrás do borrão na tela
Tocar aromas
antes do frasco
se abrir
Sentir
perfume no toque
sem ousar o contato
da textura.

Não à fuga
se há...
tão-somente
seja
interior
refúgio.



Imagem: Google
DEUS É FIEL

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