Procuro por algo palpável que esteticamente se transforme em verso,
Procuro por um verso perfeito que magicamente se transmute em realidade.
Procuro por um verso perfeito que magicamente se transmute em realidade.
Se meu verso-emoção sempre espelha o impalpável, a sensação-palavra,
Que dizer da realidade que nem do verso imperfeito a sombra tem?
Procuro a sutileza da palavra que abarque a essência de um momento,
Procuro um sentimento-imagem-matéria para fiar o tecido da palavra.
Que dizer da necessária sincronia do momento-encontro com o fio perfeito,
Quando é preciso mais que simples vontade para tramar um verso?
Procuro a razão oculta do desejo incontrolável dessa busca entreletras,
Procuro o claro sentido de um trabalho-arte que se revele em meta.
Mas que dizer dessa busca-escrita que se impõe primeira em contradições,
Se no dia-a-dia seu compasso é lento e o que se contrapõe é o ganha-pão?
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